É no Nihongi que a casta imperial baseia sua descendência, contendo nesse livro, o relato de que o primeiro imperador japonês “Jimmu”, descendente da deusa Ama-Terasu (Deusa do sol). Apesar de a árvore geológica Imperial ser registrada no Nihongi, não existe um registro realmente oficial sobre a existência de Jimmu. Contudo, a maioria da nação japonesa gosta de acreditar que seus soberanos realmente descendem dos Deuses e a necessidade de existir um registro histórico oficial.
Os dois livros contêm quase que propriamente as mesmas lendas, sendo que o Nihongi tem um conteúdo um pouco mais histórico, sem deixar de também ser fantasiador e folclórico como o Kojiki. No entanto, algumas lendas são relatadas diferenciadamente em alguns aspectos e suas características e aparências são um pouco mudadas, mas suas essências permanecem com o mesmo teor e conteúdo. É por esse motivo que encontramos mais de uma versão sobre uma mesma lenda.
Temos o caso do monstro mitológico Yamata-no-orochi, que tem suas descrições relatadas diferentemente em alguns aspectos. Em um dos livros, relata que o monstro possuía oito cabeças de dragão, já no outro muda para oito cabeças de serpente com oito caudas.
1° versão da lenda:
Conta que o deus Susa-no-o (Deus das Tempestades - O Varão Impetuoso) arrependido das maldades cometidas contra sua irmã, “a deusa Ama-Terasu”, decidiu corrigir-se logo após ser castigado. Foi até a Região de Izumo onde o Dragão de oito cabeças Yamata-no-Orochi há tempos cometia atrocidades contra o povoado e o desafiou. Após ter vencido a batalha, Susa-no-o encontrou na calda do dragão a espada sagrada Kusanagi Tsurugi (cortador de Grama). Decidido a purificar-se, ascendeu novamente aos céus de encontro ao palácio celestial do sol, pertencente a sua irmã Ama-Terasu, e ofereceu-a a espada com o propósito de ser perdoado de seus atos atrozes.
No Japão existem dois livros oficiais que relatam as lendas orientais: O Kojiki (Registro das coisas antigas) e o Nihongi (Crônicas do Japão). O primeiro a existir foi o Kojiki, que tem como base as famosas lendas que relatam a criação dos deuses, do mundo, os mitos, heróis lendários, histórias desde Buda até Daruma, entre tantas outras lendas que parecem não ter fim. Sobretudo, seus relatos são em sua maioria o registro de todas as lendas antigas que englobam quase todo o oriente. Já o Nihongi, é tanto estórico como histórico! Seu conteúdo abrange quase todas as lendas contidas no Kojiki. No entanto, elas são variáveis quando se trata do mesmo tema, mudando um pouco algumas lendas e adicionando acontecimentos reais da História do Japão. É no Nihongi que a casta imperial baseia sua descendência, contendo nesse livro, o relato de que o primeiro imperador japonês “Jimmu”, descendente da deusa Ama-Terasu (Deusa do sol). Apesar de a árvore geológica Imperial ser registrada no Nihongi, não existe um registro realmente oficial sobre a existência de Jimmu. Contudo, a maioria da nação japonesa gosta de acreditar que seus soberanos realmente descendem dos Deuses e a necessidade de existir um registro histórico oficial, seria apenas uma mera formalidade totalmente dispensável.
Os dois livros contêm quase que propriamente as mesmas lendas, sendo que o Nihongi tem um conteúdo um pouco mais histórico, sem deixar de também ser fantasiador e folclórico como o Kojiki. No entanto, algumas lendas são relatadas diferenciadamente em alguns aspectos e suas características e aparências são um pouco mudadas, mas suas essências permanecem com o mesmo teor e conteúdo. É por esse motivo que encontramos mais de uma versão sobre uma mesma lenda.
Temos o caso do monstro mitológico Yamata-no-orochi, que tem suas descrições relatadas diferentemente em alguns aspectos. Em um dos livros, relata que o monstro possuía oito cabeças de dragão, já no outro muda para oito cabeças de serpente com oito caldas.
Conta que o deus Susa-no-o (Deus das Tempestades - O Varão Impetuoso) arrependido das maldades cometidas contra sua irmã, “a deusa Ama-Terasu”, decidiu corrigir-se logo após ser castigado. Foi até a Região de Izumo onde o Dragão de oito cabeças Yamata-no-Orochi há tempos cometia atrocidades contra o povoado e o desafiou. Após ter vencido a batalha, Susa-no-o encontrou na calda do dragão a espada sagrada Kusanagi Tsurugi (cortador de Grama). Decidido a purificar-se, ascendeu novamente aos céus de encontro ao palácio celestial do sol, pertencente a sua irmã Ama-Terasu, e ofereceu-a a espada com o propósito de ser perdoado de seus atos atrozes.
2ª versão:
Conta que Susa-no-o, após ter descido dos céus, aterrissou na província de Idzumo. Depois de pouco caminhar, começou a ouvir um choro que ressoava pelos ares e curioso seguiu a procurar quem regia tal lamento. Deparou-se com um casal de anciãos e uma jovem a qual acariciavam como se estivessem se despedindo e nunca mais fossem vê-la novamente. Susa-no-o perguntou ao casal quem eles eram e porque choravam tanto e o velho respondeu: “Eu sou uma divindade da Terra e me chamo Ashi-nadzuchi (velho do pontapé), esta é minha esposa, Te-nadzuchi (velha do soco), e esta é minha filha, Kushi-nada-hime (linda princesa Inada)”. Estamos chorando porque todo ano uma filha nossa é devorada pela serpente de oito cabeças, já perdemos sete e agora é a vez da Princesa Inada. Depois de ouvir a triste história, Susa-no-o reparou que a princesa era exuberantemente linda. Consternado com a desgraça do casal de anciões e ao mesmo tempo interessado pela bela jovem, propôs-se a matar a serpente e pediu a princesa em casamento como recompensa. O casal ficou feliz e prontamente aceitaram a proposta.
A fim de esconder a princesa da serpente, Susa-no-o transformou-a em um pente e o escondeu em seus cabelos. Mandou o casal de anciões prepararem uma grande quantidade de sake, colocou em oito barris e ficou esperando a serpente.
Não tardou a chegar o monstro que tinha oito cabeças e oito caldas com olhos vermelhos como cerejas. Seu comprimento era tão grande que ocupava oito colinas e oito vales.
Quando o monstro chegou, logo avistou o sake e seguiu na direção dos barris. Encontraram obstáculos para chegar ao sake, devido ao seu tamanho e foram vencidos com a colaboração entre si das oito cabeças que tinha um líder. Assim que chegou ao sake, logo colocou cada uma de suas cabeças em cada um dos barris e pôs-se a beber com avidez. Ficou completamente embriagado e adormeceu. Susa-no-o desembainhou sua espada de oito palmos e começou a cortar a fera em pedaços. Depois de decepar todas as cabeças, começou a cortar suas caldas, e logo reparou que sua espada ficou cega quando bateu em uma das caldas, ele se abaixou para verificar e achou uma espada chamada Murakumo-no-Tsurugi (Colhedora de Nuvens) também conhecida por Kusanagi-Tsurugi (Cortador de gramas). Sabendo que se tratava de uma espada sagrada, deixou-a aos cuidados dos Deuses.
Após ter derrotado Yamata-no-Orochi, o deus Susa-no-o desfez a transformação do pente que voltou a sua forma natural - A linda princesa Kushi-nada-hime - , e seguiram para a província de Suma. Susa-no-o construiu um majestoso castelo nas nuvens e logo após celebrou seu casamento com Kushi-nada-hime.
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