OtakuDesastrado

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

OH MY LADY


OH MY LADY

(Chae Rim, Choi Si Won, Lee Hyun Woo, Park Han Byul)

• Minha Sinopse:

Um ator famoso descobre que tem uma filha pequena e que vai ter que cuidar do pacotinho de agora em diante.

• Minha opinião:

Passei mal! Primeiro com o galãzinho mostrando seu abdômen six-pack em diversas tomas estratégicas. Depois com a criança mais fofa do universo! E depois porque me dei conta que é a primeira vez na vida que vejo um drama sem nenhum vilão! Esse drama vai ser a minha carta na manga a partir de hoje. Quando eu quiser carregar alguém para o mundo dos dramas, é só apresentar Oh My Lady! Light-and-funny, familiar e um carinha com barriga de barrinha de chocolate e cara de Noona-killer.

Min Woo é uma celebridade e Gae Hwa, chamada 99% das vezes de Ahjumma, é uma mulher pobre que trabalha como louca pra ganhar a vida e sustentar a filha. Ele é um cara imaturo, mas no fundo com um bom coração. Ela é uma mulher com uma filha de 10 anos, um ex-marido imbecil e uma paciência de Jó. Mas era o casal perfeito! Coloque os dois para viver em baixo do mesmo teto e você me tem agarrada nessa história até a última cena.

O que, claro, dá um charme a essa relação é a Ye Eun, aquela coisinha miúda! A mãe, que nunca apareceu e ninguém sabe bem de onde veio e pra onde foi, abandona a menina na portaria do edifício onde o pai dela mora, e agora Min Woo vai ter que acordar pra vida e tomar conta da lindinha de 5 anos, que de tão traumatizada, nem sequer fala. Se não fosse a Ahjumma, a criança não sobreviveria nem uma semana, mas como sobreviveu, ela fez a gente ver cenas fofésimas o tempo inteiro e ter vários ataques histéricos de fofura!

Com os três vivendo no mesmo apartamento é hora de começar o mimimi. Na verdade, não é nada muito grave porque, como eu disse antes, os vilõezinhos deixam muito a desejar. A começar por aquele empresário do Min Woo com pinta de mafioso. Ele começa cheio de autoridade ameaçando o Min Woo com um tal acidente que o lindinho teria sido culpado, sequestra a Ahjumma e dá a entender que quer dar um sumiço na Ye Eun. Puro bla bla bla.

No fundo eu saquei que ele estava achando que fazia o melhor para o protegido dele, mesmo que ele tenha colocado um terror dizendo que o Min Woo não era mais que um produto pra ele. Baseado no Min Woo de antes, preservar a carreira não seria o melhor a se fazer para um artista? É só lembrar de quando o Min Woo estava no limbo e o empresário até conseguiu um papel em um drama japonês pra ele. O único defeito dele foi não ter percebido que o produto dele estava mudando.

A segunda empata-foda era a Yoo Ra. Ela tinha tudo pra ser daquelas chatinhas que não largam o osso e ficam chamando “Oppa, oppa!” por tudo quanto é canto. Mas ela foi outra que não aprendeu nada das lições que Paola Bracho deixou para o mundo da dramaturgia. Assim que descobriu sobre a menina, ela tinha o Min Woo nas mãos! E o que foi que ela fez? Nada! Deu uma implicadinha básica com a Ahjumma, e o auge da sua maldade foi perder a menininha sem querer – isso mesmo, sem querer – no shopping. Pra completar, na primeira vez que o Min Woo fala na cara dela que gosta da Ahjumma, ela tira o time de campo. Como assim? Amadora!

Pior que nem rival à altura o Min Woo tinha. Tenho certeza que muita gente caiu no conto do chefe da Ahjumma e achou que ele largaria a esposa adúltera para dar descaradamente em cima da protagonista. Mas que nada, ele se tornou um amigo e assim ficou. Foi lá e lavou a roupa suja com a mulher depois que ela despachou o amante para outro país. Até me atreveria a dizer que se não fosse por ele se meter e dar conselhos para os dois cabeças duras, o romance da Ahjumma com o bonitinho celebrity nunca teria dado certo.

Também tinha o ex-marido da Ahjumma. Só eu que notei ou ele foi pintado no início como um farsante salafrário? Eu crente que o cara não tinha dinheiro nenhum e estava blefando enquanto investia nas empresas, e no fim ele tira o dele da reta e ainda abençoa a relação da ex-mulher? Muito suspeito… Muito suspeito…

Resumindo, nível de dificuldade desse romance: nulo. Tudo bem, para não dizer que foi zero total, vamos colocar aí o fato do Min Woo ser famoso e cada pum que ele solta virar matéria de tablóide. Eu quase tive uma síncope no dia que ele arranca a Ahjumma do escritório dela e sai de mãos dadas com ela no meio dos repórteres alvoroçados! Mas ainda assim, depois de tudo que a Ajhumma resistiu bravamente na mãos daqueles repórteres, tinha cabimento ela ficar fazendo doce pra não ficar com ele por ele ser famoso? Eu mesma respondo: err… não.

Sempre tem um repórter pentelho que suja a imagem dos jornalistas nesses dramas, afe.

E finalmente, eu quero apresentar meus argumentos defendendo a idéia de que esse drama deveria ter 20 episódios. 1. Que diacho de acidente foi aquele que o Min Woo causou ou sei lá o que? Ele até chorou por causa disso, isso deveria ser um trauma do passado a ser trabalhado, ou não?

2. A mãe da Ye Eun não deveria ter um fim mais seguro? Se pelo menos eu pudesse ver a cara dela e saber que ela não voltaria mais para buscar a Ye Eun, eu ficaria mais tranquila. Mas nada me tira da mente que enquanto essa mulher estiver viva e misteriosamente por aí, ela pode voltar para azucrinar a mente do Min Woo a qualquer momento.

3. Se a única verdadeira dificuldade que o casal central enfrentava era lidar com o fato do Min Woo ser uma pessoa famosa, deveríamos ter visto isso! Como os fãs reagiriam ao vê-lo se casando? E depois do casamento, o que muda na vida da Ahjumma?

E que se danem os devios de roteiro, os personagens instáveis e as lacunas de informação na história. É meu estilo, é minha cara, sou toda eu! Então tenho todo direito do mundo de ter amado e idolotrado esse drama. Assim como de fazer dele um dos dramas da minha vida. E tudo graças à criança mais fofa do universo e seu paizão sensacionalmente hot.

• Ponto alto:

Min Woo começa como um playboyzinho superficial e metidinho. Fica lá o tempo todo malhando sem camisa para fazer a audiência subir junto com a pressão arterial da Ahjumma. E depois, termina como um pai de família que trabalha duro – ok, nem tanto – para sustentar a filha. Lindo, tocante! E o mais chocante é que isso não aconteceu como na maioria das vezes, quando o personagem parece que tem um colapso mental e um belo dia acorda com características de galã. Não conseguimos perceber quando a mudança dele acontece porque é muito sutil. Só sei dizer que em algum momento você vai olhar pra ele e vai querer que ele seja pai dos seus filhos também!

• Absurdo maior:

Todo mundo aqui já sabe que eu nunca espero muito do final dos dramas coreanos. Mas esse foi um daqueles no estilo “foi demais pra mim!”. Gente, como pode o Min Woo-shi passar a budega do último episódio inteiro fazendo poses de homem romântico e apaixonado que faz tudo para conquistar a donzela? Não, Sr Diretor, não era essa a idéia, não era esse o contexto! Como eu não sou idiota, eu notei que foi uma tentativa desesperada de compensar toda a falta de romantismo durante as situações normais do casalzinho, já que o foco várias vezes saiu deles e foi para a bebê lindinha. Mas espera! Que extendesse para 17, 18, 20, ou quantos episódios desse na telha e não fizessem aquela safadeza com o útimo episódio!

Sobrou pra gente uma última cena cafona com o Min Woo dizendo que a partir daquele momento ele iria proteger a Ahjumma e as criancinhas. Proteger?! E desde quando ela precisa de proteção? Na maior parte do tempo ela cuidou sozinha da própria filha e da filha dos outros, não era momento de ele querer mostrar que é machinho. Forçadérrimo. E cadê o casamento? Cadê as imagens dos 4 vivendo felizes na mesma casa como uma grande família feliz? Cadê a idéia que me venderam durante 15 episódios? Pense numa revolta, essa sou eu. Mas o que eu vou fazer se nem isso me fez amar menos esse drama?

• Moral da história:

Toma que o filho é teu.

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